quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Mas se você conseguisse parar de olhar para eles e levantasse a vista, daria nota dez àquele rosto em que os lábios e os olhos contavam segredos e ao mesmo tempo prometiam malícias, principalmente os olhos, que pareciam saber de tudo e ter visto tudo a seu respeito.[Erec e Enide,Manuel Vázquez Montalbán]
Vida sem sentido,vontade de voar e ser livre;ir pra bem longe distante das coisas materiais,das que me entristecem ou das que me viciam,sinto vontade de parar tudo agora e viver infinitas férias,morrer de rir na praia, ir a beira-mar molhar os pés e sentir uma certa calmaria;traço tudo com a mente,observo tudo.Tenho observado a minha impaciência com as pessoas(mas elas parecem tão tolas as vezes,sempre com perguntas idiotas e nos privando das nossas vontades ou das coisas que nos fazem bem)...ou gritando o nosso nome nas horas em que menos precisamos de alguém zunindo no nosso ouvido.Precisamos de tempo;do mundo e das pessoas...menos das coisas que nos cercam,a natureza todo dia nos dá a possibilidade de mudarmos toda a nossa existência,nem que seja aquele cachorro que nos passa ao lado com uma cara de pidão ou a folha que acompanhamos cair e do nada nos damos conta do singelo riso de lado,riso envergonhado...riso com vontade.Ao invés de nos entregamos a isso nos privamos de sequer olhar nos olhos das pessoas,sendo esnobes e metidos.Parem o mundo quero descer urgentemente...não nasci pra conviver nessa porra-louca.
Um olhar pra perceber muito mais do que a solidão me diz.Vou acordar ao amanhecer pra contestar a cor do céu azul.E vou me antecipar, pomares vão nascer.E eu torço pr'o amanhã vir enquanto durmo...