sexta-feira, 31 de outubro de 2008


eu acho que ela é a garota mais triste que já segurou um martini.

vanilla sky.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

09.09.08


É cedo.

Não me lembro de escrever tão cedo.

Nunca me aconteceu o que hoje me acontece.

Insegurança, medo, sentimentos falhos, uma onda negativa, as notícias da televisão se misturam com as da minha realidade. Vem um vento e leva tudo o que sou, por fim não resta nada de mim. Fico a mercê de palavras altas, mas o que machuca não são elas, mais a força; quando se usa a força se vai pra guerra...vendo tudo isso entendo um pouco do meu ser, de quem sou...


Quando eu nasci, não sei quando nem para onde, conjunto de olhos me viram, e fizeram uma opção e assim o vento me levou... sempre com a certeza de que existe alguém a me guiar; mais olhos, espanto, olhos de felicidade, assim fui me acostumando em um lugar onde o 'céu' é marrom, o que estava ao meu alcance era o teto de madeira e o batente da garagem...e uma solitária antena de Tv tão alta como minha coragem, assim passava minhas tardes, sempre eu e ela, gostava de subir e ficar olhando todo o movimento lá de fora, para entender o movimento daquele lugar do céu marrom...



'busco o ontem para entender o hoje...'


Eu vivo na arte de chorar, olho tudo ao redor da cama laranja, procurando um pedaço de mim... olho tudo como se fosse a primeira e a última vez.Todo dia a gente morre.

Ainda lembro a figura da menina que chorava olhando para o cachorro, desde pequena lhe incubiram desconfiança o que permaneceria até o resto da sua vida...já sou conformada.

E quando fui crescendo veio uma culpa, sei lá de onde, cresci com ela olhando pra mim; talvez com pena...a culpa ainda continua aqui.

Lembro da menininha chorona embaixo da mesa, alguém na cama com uma xícara de chá,

era dia dos pais.

dói nela?

dói em quem?

21.07.08

Que seus olhos são como estrelas,
Seus dentes são como as pérolas.

alegria desconsertante que conserta a luz do seu olhar,
faz e refaz seguidamente o quebra-cabeça do seu personagem,
o eu oculto que é mistério singelo sem cor.

Quando algum escritor perdido no seu devaneio mental, disse que a dor é necessária
para que se aguce a vontade de se transmitir a beleza grotesca - que é aquilo que dói?
o sofrimento um sorriso depois?
É a culpa prazerosa pelo que não se deve, é matar com as próprias mãos a sangue frio a
própria esperança, encurralar o sorriso na dor, congelá-lo ali eternamente. Eu concordo
plenamente e peço: dor, volte mais vezes!
Isso que bate aqui mais parece a Bahia e os seus tambores,
tambores que espremem um suco que é puro fel,
impedem respiração e pressão,
talvez no corre-corre, pega-pega minhas veias já não seguem corretamente e não
obedecem os comandos do meu corpo, daqui a pouco um nó irá se fazer e assim
menos uma vida.
Meus olhos enxergam pouco e fazem seleção diante do que já é pouco,
fico apenas com as nuvens,
da noite de hoje tiro uma foto e coloco na sala para embelezar aquele ambiente
frio e marrom, fico com os últimos suspiros e as palavras marcantes de hoje e a
ligação que foi-se pelos meu dedos... Que, ao menor impulso deixa o seu número
que está gravado em minha digital, quase posso fazê-lo minuciosamente, enquanto isso
ainda resta um olhar perdido,
a boca no lençol e a música insistente e vazia,
que se fez a minha vida,
me lanço agora ao mundo, com data prevista...!
Malmequeres estão muito apaixonados.
onde erramos?
onde a astrologia errou?
em qual nascer de sol ficou a nossa união?
onde morreu nosso ultimo olho no olho?
o ultimo sorriso, a ironia e eu dei as costas.
não tente me apresentar a figura
de outra, ainda vislumbro ali meu lugarzinho*



*lugarzinho: idéia de querer sem ter, nunca ter tido.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

pensamentos soltos.

agora eu tenho vontade de chorar,
não sei se é o destino que me mostra
tantas coisas obvias ou sei lá.
tenho vontade de chorar mas as lágrimas não vem...

'e só voce e os meu rivais, sou só...'
caetano veloso.

domingo, 12 de outubro de 2008

ontem na cama,
por volta das onze quase meia-noite,
enquanto fugia do sono lia um pouco de chico buarque (benjamim),
por fim rendeu ao cansaço mental...apagou a luz, mais a lua continuou clareando o quarto,
não entendia porque sempre nas noites de lua cheia não dormia...parecia velar a lua,
ou ser sua protetora...e assim foi, cinco minutos do lado direito, cinco minutos do lado esquerdo,
e a luta com o travesseiro, lençol e até mesmo a lua foi até as três da manhã.
seis horas,
movimentação na rua, parece que as pessoas nunca dormem o quanto deveriam...
café da manhã, pegar os filmes que ficaram no carro na noite passada...
juntando o volver de sexta com o má educação de hoje se fechou como um cofre,
pensou demais, a respiração se tornou mais rápida e intensa... a pressão caiu.
começou a olhar em todas as direções como se tirasse fotografias com os olhos,
montava aos poucos em sua cabeça uma rotina mais organizada.
o céu estava como um vanilla sky muito vento, muitas nuvens... a partir do momento em que as ideias
iam se articulando o céu se abriu, apareceu azulzinho e o sol a brilhar...
agora espera.