segunda-feira, 27 de outubro de 2008

21.07.08

Que seus olhos são como estrelas,
Seus dentes são como as pérolas.

alegria desconsertante que conserta a luz do seu olhar,
faz e refaz seguidamente o quebra-cabeça do seu personagem,
o eu oculto que é mistério singelo sem cor.

Quando algum escritor perdido no seu devaneio mental, disse que a dor é necessária
para que se aguce a vontade de se transmitir a beleza grotesca - que é aquilo que dói?
o sofrimento um sorriso depois?
É a culpa prazerosa pelo que não se deve, é matar com as próprias mãos a sangue frio a
própria esperança, encurralar o sorriso na dor, congelá-lo ali eternamente. Eu concordo
plenamente e peço: dor, volte mais vezes!
Isso que bate aqui mais parece a Bahia e os seus tambores,
tambores que espremem um suco que é puro fel,
impedem respiração e pressão,
talvez no corre-corre, pega-pega minhas veias já não seguem corretamente e não
obedecem os comandos do meu corpo, daqui a pouco um nó irá se fazer e assim
menos uma vida.
Meus olhos enxergam pouco e fazem seleção diante do que já é pouco,
fico apenas com as nuvens,
da noite de hoje tiro uma foto e coloco na sala para embelezar aquele ambiente
frio e marrom, fico com os últimos suspiros e as palavras marcantes de hoje e a
ligação que foi-se pelos meu dedos... Que, ao menor impulso deixa o seu número
que está gravado em minha digital, quase posso fazê-lo minuciosamente, enquanto isso
ainda resta um olhar perdido,
a boca no lençol e a música insistente e vazia,
que se fez a minha vida,
me lanço agora ao mundo, com data prevista...!

Nenhum comentário: